sexta-feira, 26 de agosto de 2016

A Menina e Riozinho

“Nós não podemos nunca entrar no mesmo rio, pois como as águas, nós mesmos já somos outros”.
(Heráclito de Éfeso)


Era sua primeira vez naquele lugar. 
E que lugar!

Quantas casas esquisitas e engraçadas. 
Parecem bonitas... 
São bonitas. 
Não, não. São lindas! 
E esse piso de pedra pra todo canto? 
Por que não igual o que passa lá de casa? 
Olha esses velhinhos. 
Olha esses fuscas! 
A lambreta do vovô deve ser daqui. 
Que igrejinha grandona... 
Deve ser de quando os velhinhos eram criancinhas que nem eu. 

Tá bom, mãe, já vou.
Pra onde a gente tá indo?
Tá chegando?
Tá chegando?
Tá chegando?
Uaaaau.
Quantas árvores.
Quanto colorido.
Que céu azulzim.
O sol tá quentim.
Tá chegando? Tá pertim?
Tá lonjão?

Que vento gostosim!

De onde vem esse barulho de água?
Tá aumentando...
É pra lá que a gente vai?
UAAAAU!
Que riozinho bonitão.
Será que pode pular?
Eu vou pular.
Um-dó-lá-sí-e-já!
TIM-BUM!
Volta aqui, menina!

Vem cá me pegar!
Que água geladinha.
Que delícia de nadar!
Na água desse riozinho 
Que pra sempre vou brincar!

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